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quinta-feira, 26 de julho de 2012

O Salmo 133





             Para que o aprendiz - Maçom compreenda perfeitamente o cami­nho que deve trilhar na Maçonaria e para que ele possa crescer, é neces­sário explorar esse caminhos com passos firmes e precisos, é extre­mamente necessário que assimile os ensinamentos constantes no “Pre­âmbulo da Maçonaria”, de nosso guia de Ritual e Instruções de Apren­diz - Maçom, que em suas primeiras linhas diz o seguinte: “A Ordem Maçônica  hoje, é uma associação de ho­mens e mulheres esclarecidos e virtuosos, que se consideram irmãos entre si, e cujo fim específico é viver em Per­feita igualdade e harmonia, intimamente liga­dos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática da vir­tude, esclarecendo e preparando humanidade para sua emancipação progressiva e pacífica”. “E um sis­tema moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos, cujo obje­tivo é incutir nos homens a luz espiritual e divina, invocando sem­pre o Grande Arquiteto do Univer­so, para torná-los dignos de si mes­moS, da Família, da Pátria e da Humanidade”.
Como toda organização de ho­mens e mulheres, que têm como objetivo um fim especifico, a Maçonaria tem alguns princípios fundamentais, que devem ser observados. Um destes princí­pios diz respeito às Três Grandes Luzes Emblemáticas, que são o Es­quadro, o Compasso e o Livro da Lei Sagrada, sempre presentes em nossos trabalhos, sobre o Altar dos Juramentos. São estas três grande luzes que devem orientar o Ma­çom, tanto nos trabalhos em Loja, como em sua vida diária no mundo profano.
Símbolos de profunda signifi­cação, sua utilização é calcada em sólidos fundamentos históricos e místicos. O Esquadro e o Compas­so, símbolos da medida justa que deve reger nossas ações, nos ensi­nam a não nos afastarmos da Justiça e da Retidão. Simbolizam a arquite­tura, a extensão, a maçonaria, pois são os instrumentos básicos de tra­çar o projeto do Arquiteto. É o emblema da Obra Acabada do Gran­de Arquiteto do Universo, pois une o “Justo” e o “Perfeito”.
A origem de utilização do Es­quadro e do Compasso como símbolos maçônicos remonta há vários séculos antes do nascimento de Cris­to, quando Platão, sábio grego, ex­pressou a seguinte conclusão: “Deus é o Geômetra que opera sempre, no Universo”. Com este postulado, cri­am-se os instrumentos utilizados pela Maçonaria para simbolizar o trabalho a ser executado na realiza­ção do plano elaborado pelo G A D U que é a criação e o desenvolvimento do Universo, e dos povos que nele habitam. Plano este que somente será concluído com “Sabedoria, Força e Beleza”, ca­racterísticas que devem sempre acompanhar um Construtor Social.
De igual importância, o Livro da Lei Sagrada representa o Código de Moral que cada um de nós deve respeitar e seguir. É o Guia Espiri­tual que nos aperfeiçoa; é a fé que nos anima. E a revelação da Lei Divina Imutável e é o símbolo da sabedoria cósmica. O Livro a ser aberto em Loja é o Livro Sagrado de qualquer religião, e no caso do Rito Escocês Antigo e Aceito, praticado no Brasil por todas as Lojas Mistas Masculinas ou Femininas, o livro utilizado é a Bí­blia Sagrada Cristã. Há em seu con­teúdo certas passagens de extraor­dinária força moral, que agem como um verdadeiro apelo à razão huma­na. Dentre essas inúmeras mensa­gens, a mais invocada e mais impor­tante de todas é o SALMO 133, de Davi, que abre nossos espíritos, ao iniciarmos nossos trabalhos, em Loja. E é sobre o Salmo 133 que conduziremos daqui por diante este nosso trabalho.

O SALMO 133, DE DAVI

“1. Oh! Quão bom o suave é que os Irmãos vivam em união!
2.   É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce para a barba, a barba de Aarão, e desce para a gola de suas vestes.
3.   E como o orvalho de Hermon, que desce sobre os mon­tes de Sião. Porque ali ordena o Senhor sua bênção, e vida para sempre!”

Esses versos simbolizam a excelência da união fraternal. A pesar de não encontrarmos na Bíblia nenhuma para referência ex­pressa a respeito de Maçonaria, é justamente em seus livros que va­mos achar o nosso modelo físico e o nosso motivo moral. David, antecessor e Salomão no reino Judeu, ao escrever o Salmo 133, sintetizou em seu conteúdo o requi­sito básico para o desenvolvimen­to da Maçonaria.
Ao expressar e invocar a União entre os Irmãos como sendo gesto bom e agradável, o Salmo mostra que o verdadeiro Maçom pratica o bem, e leva sua solidariedade aos necessitados, na medida de suas for­ças, repelindo com naturalidade o egoísmo e dedicando-se a felicidade de seus semelhantes, não por obriga­ção, mas porquê esses sentimentos formam a qualidade que o faz filho de Deus e Irmão de todos os homens.
Num sentido mais filosófico e psicológico, nosso próprio corpo físico individual é composto por vários outros corpos, da natureza sutil, através dos quais nossa partí­cula divina, nosso Deus interno se manifesta em suas múltiplas pers­nalidades, para poder difundir sua força e vontade em nossa pessoa. Assim, é necessário que esses vári­os corpos convivam em harmonia como irmãos vindos de uma mesma força, de um mesmo Pai, para que o nosso Deus interno se manifeste com perfeição.
O livro da Lei Sagrada representa o código moral.
A Força e a vontade que Deus manifesta nos homens para cumprir o Seu ideal, é com certeza o “Óleo precioso” que há em nossa cabeça. Nos trabalhos em Loja, quando to­dos os Irmãos estão unidos em um só pensamento, harmonizados e con­centrados no Ritual, esse “Óleo precioso “vem até nossas cabe­ças, e vamos recebendo gradativamente a Energia Divina em nos­so Deus interno.
barba de Aarão e para a gola das suas vestes, vai tomando-se clara a interpretação do Salmo. A barba é a figura simbólica do Verbo, da pala­vra de Deus. E branca como a neve e projeta uma sombra mais escura que a noite, E o elo que une um ouvido ao outro e estes à boca, de onde saem as palavras que dão vida a luz e ás almas. As vestes repre­sentam o nosso corpo físico, a nossa parte externa, que é substituída pelo Senhor, quando necessário, tal qual fazemos com nossas roupas.
Nesse trecho do Salmo, há a ligação do Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso. Para que mereçamos receber em nosso corpo o Energia Divina, precisamos agir conforme os ensinamentos transmi­tido pelo significado do Esquadro e do Compasso, ou seja, com retidão e justiça. Portanto, o “óleo precio­so” (a Energia Divina), antes de encharcar nossas vestes (antes de recebermos essa Energia), derra­ma-se sobre as golas das mesmas (a gola, sendo a parte superior das vestes, representa nossa cabeça, que é o receptor das emanações vindas de manifestação de Deus, e que dis­tribui essas emanações ao resto de nosso corpo em forma de energia).
 Apenas como referência histórica, Aarão era irmão de Moi­sés, e foi o primeiro Sumo-Sacer­dote de Israel. Para ser reconhecido como tal, levou-se em consideração sua união com a maioria dos Judeus, seus irmãos, e o sábio conhecimen­to de que era detentor, para poder orientar e conduzir o povo de Israel. Há nesse contexto, a ligação simbó­lica entre Mão e o Grão-Mestre de nossa Ordem,
O significado do 3° Verso do Salmo 133 é o mesmo do verso anterior, porém de amplitude mais generalizada. Enquanto o 2º Verso aplica-se somente aos homens indi­vidualmente, o 3º  Verso atinge a todo o Universo.
Sião era uma região da Antiga Palestina, cujo ponto mais elevado era a montanha Hermon, com 2770 metros de altura. Por ser considera­da uma região sagrada, havia em suas encostas vários Templos reli­giosos. Dali partiam os ensinamen­tos de Deus para todas as regiões do mundo conhecido.
O orvalho é uma substância tê­nue, que vai lentamente condensando-se até formar a água (que é considerada o líquido da vida, a origem de todos os seres do Universo). Neste Verso, o orvalho é interpretado como o palavra de Deus, a Energia Divina.
Ao se formar nos altos de Hermon (considerado como o próprio Céu, pois não enxergava-se o seu pico), e descer sobre a região de Sião, atingindo a todos os Templos e transformando-se em água, perce­be-se claramente o que Davi tenta nos mostrar. A Palavra de Deus, os ensinamentos do Grande Arquiteto do Universo, que nós Maçons, de­vemos seguir para realizar com per­feição a nossa Obra, chega até nos­sas cabeças como o orvalho chega aos montes de Sião.
Cabe a nós, com retidão e justi­ça, transformá-lo em ações (a água da vida), para difundi-lo entre to­dos os homens do mundo, nossos Irmãos.
Cada Templo fincado nas en­costas do montes de Sião representa nosso Templo individual, nosso cor­po. Hermon é o Céu, pois ali o senhor ordena a Bênção e a Vida para sempre.





terça-feira, 17 de julho de 2012

A Mulher na Maçonaria

O Estatuto da Loja de York, de 1693, afirmava a respeito do juramento durante a Iniciação que:
"Aquele ou aquela que fosse Iniciado deveria prestar seus juramentos colocando a mão sobre a Bíblia .
O Dr. Albert Gallatin Mackey ( 1807-1881 ) só iria nascer 114 anos depois mas não teve dúvida em inventar a maioria dos Landmarks de sua lista, entre eles o 18 que diz que mulher não pode entrar na Maçonaria.
Nem no Estado da Carolina do Sul, o seu Estado de nascimento, a classificação de Mackey é adotada.
Aliás, nos States existem várias Grandes Lojas que não adotam nenhuma das classificações de Landmarks. A classificação mais adotada nos States é de Albert Pike, que só tem 5 Landmarks:

1 - A necessidade dos Maçons se reunirem em Lojas
2 - O governo de cada Loja por um Venerável e dois Vigilantes
3 - Todos devem crer no Grande Arquiteto do Universo e numa vida futura
4 - O sigilo do trabalho das Lojas
5 - Que os segredos da Maçonaria não devem ser divulgados. 

E só. Estes sim, são landmarks que atendem às três condições enumeradas pelo Irmão Castellani para serem considerados verdadeiros Landmarks. Relembrando, estes três pontos são os seguintes:
a - a Antiguidade ( imemorialidade )
b - o Reconhecimento ou consenso universal ( universalidade )
c - a Inalterabilidade ( imutabilidade )

Interessante notar que já em 25/11/1723 a Assembléia Geral da Grande Loja da Inglaterra, substituiu a palavra Landmark pela de "rule" (regra) e a edição do Livro das Constituições , que incorporou o texto dos Regulamentos Gerais, de Payne, de 1738, 1756, 1767 e 1784, mantiveram o vocábulo "rule" muito menos carismático e pretensioso do que "landmark". A UGLE adotou em 04/09/1929 os assim chamados oito Princípios Básicos para o Reconhecimento de uma Grande Loja/Grande Oriente (Obediência Maçônica). Deste, o número quatro estabelece que o Quadro de Obreiros deve ser composto exclusivamente por homens .
A rigor, os Landmarks precisam e devem ser mutáveis naquilo que a evolução tornou irremediavelmente anacronico. Se examinarmos os Landmarks de Mackey pelo aspecto da sua antiguidade, verifica-se que alguns nasceram na ocasião da sua catalogação, como por exemplo os meios de reconhecimento, a divisão da Maçonaria em três graus, a lenda do 3º grau, o governo da fraternidade por um Grão-Mestre. Logo, não são Landmarks, embora possam merecer o nosso acatamento.
Por definição, a palavra landmark é insustentável como princípio básico e fundamental da Instituição, já que a Maçonaria Especulativa foi, oficialmente, constituída a partir de 1717, com elementos novos, não existentes na Maçonaria Operativa e, portanto, não landmarks, por não serem nem antigos, nem universais, nem imutáveis.
Por isso mesmo, conclui-se que as potências maçônicas que ainda acatam e preservam, adotam e cultuam algum landmark estão, no tempo, atrasadas em 279 anos.(Ressaltando ainda que nos tempos atuais em todos os países segundo seus códigos civil e constituições ditam, no Brasil, segundo Artigo 5º: da nossa Carta Magna (Constituição Brasileira)I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.)
Quanto ao caráter exclusivamente masculino, nosso principal assunto, entendemos que os direitos da mulher do século XX não podem ser confrontados com os da mulher da Idade Média. Neste ponto, a Loja de York, em 1693, já não tinha o ranço que os séculos ainda não levaram da Maçonaria atual.
Paul Naudon, consagrado escritor maçônico, refere em sua obra "La franc-maçonnerie" que, na realidade, na Grã-Bretanha e no continente europeu, as guildas e os "ofícios" permitiram que as mulheres assumissem o mestrado, citando a título de exemplo, o Livro dos Ofícios, de Etienne Boileau ( 1268 ), os Estatutos da Guilda de Norwich ( 1373 ), além do Estatuto da Loja de York ( 1693 ), já mencionado. 

SER MAÇOM

Ser Maçom é ser amante da virtude, da sabedoria, da justiça e da humanidade;
Ser Maçom é ser amigo dos pobres e desgraçados;
Ser Maçom é querer a harmonia das famílias e paz na humanidade;
Ser Maçom é educar com exemplo de amor e moralidade;
Ser Maçom é praticar o bem esquecendo as ofensas sofridas;
Ser Maçom é amar a luz, rendendo culto à razão e à sabedoria;
Ser Maçom é ser tolerante, caridoso, sem distinção de crenças e opiniões, buscando sempre atingir a Fraternidade universal, sem fanatismo.

PARA SER UM MAÇOM É NECESSÁRIO:

Ser temente a Deus;
Crer numa vida futura após a morte como estímulo para esta vida de aperfeiçoamento;
Amar ao próximo, eliminando o egoísmo;
Respeitar a sociedade em que vive, condoendo-se com o sofrimento alheio;
Contrapor-se aos vícios;
Ser trabalhador; Se empregado, exemplar; Se empregador, humano e compreensivo;
Falar só o necessário sem ferir a sensibilidade dos outros;
Ser fiel à sua Pátria;
Estudar sempre, buscando novos conhecimentos. Somente assim estará em condições de ser um dos “elos” da grande corrente que forma a sublime Ordem, a MAÇONARIA.


VERDADEIRO MAÇOM

A Maçonaria não recebe candidatos de condutas duvidosas por ser uma Ordem de homens de bons costumes e não um reformatório;
Os que tiveram a sorte de ser convidados e aceitos para o ingresso em seus quadros, têm a oportunidade de se melhorar mais ainda, se seguirem seus ensinamentos, dedicando-se aos estudos filosóficos Maçônicos, procurando fontes de sabedoria para seu esmerilamento com se faz com o polimento da pedra bruta;
Ser Maçom não é fácil. Não basta ingressar na Ordem, ter boa freqüência, ser cordial com os demais irmãos, participar de todos os eventos, galgar todos os graus, vestir os paramentos e usar insígnias. Não! Isso é apenas o rótulo de Maçom;
O Mestre Jesus disse: “Faça que te ajudarei”, o esforço deve ser todo nosso;
O plano Espiritual Superior está fornecendo-nos fontes de conhecimentos, o resto só depende de nosso esforço e perseverança;
Jesus disse também: “ Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Quanto mais preparada for a pessoa, mais se aproxima da verdade que ainda está muito longe de nós;
Os Maçons devem buscar esses ensinamentos e pesquisar;
A não divulgação desses conhecimentos adquiridos, demonstra egoísmo e orgulho, doenças espirituais que os Maçons devem combater para a sua própria elevação espiritual;
Guardar para si só a sabedoria é pequenez espiritual; O Maçom precisa divulgar os seus conhecimentos, pois é dando que recebe.

ONDE ESTÁ A MAÇONARIA FEMININA DE HOJE?

É amplamente conhecido que as mulheres constituem mais de 50% da humanidade.
Hoje, no mundo profano, como a evolução social tem progredido, ela ganhou mais espaço e mais e melhor, como participante e protagonista da vida econômica, política, social e cultural de sua comunidade, sua nação e do mundo. No entanto, no campo esotérico, e isto desde os tempos do Renascimento, ironicamente chamado, as mulheres têm se limitado a exercer e aumentar o seu desenvolvimento físico, mental e espiritual, um fato que sempre foi lamentável, mas no nosso tempo é absolutamente inaceitável, especialmente agora que a humanidade está desesperadamente em busca de orientação e abrigo ao longo dessa instituição ou doutrina que se abre, que lhe permite vislumbrar, no entanto vagamente, um pequeno sinal de luz e esperança transcendental, em oposição ao materialismo final ea repartição de tradições e estruturas filosóficas e morais.
Neste cenário geral, no caso da Maçonaria é curioso que um dos temas a serem salvas, em alguns territórios, com a maior suspeita, fingindo sufocar no fundo de seus registros, é a Maçonaria femenina, porque, apesar de nasceu na mesma época que a Maçonaria masculina, com o passar do tempo foi por razões desconhecidas, marginalizados em sua infância e vítima após um longo silêncio daqueles que se dedicaram a estudar estas questões. 
Então, um pouco fora de ignorância e intolerância tanto para, o que é gerado é uma grande lacuna nos estudos maçônicos, que até agora não queria, nem foi capaz de preencher.
No Brasil, Peru, Argentina, Chile,Venezuela, Equador, Uruguai, Paraguai México Colombia Guatemala... , até à data, como em outros países ainda não foi dada uma justificação real e convincente para nenhum reconhecimento formal das mulheres como elemento ativo da Maçonaria. A principal razão para isto é a sua ignorância profunda do sujeito. A ausência, entre outras coisas, os estudos históricos da maçonaria feminina do Peru impediu que os maçons e maçons sabem e o que é mais, compreender a realidade do trabalho de mulheres maçons do nosso país em favor da sociedade.
Uma vez que a ignorância é a mãe de todos os mitos, monstros e medos injustificados, em alguns casos, é triste ver o seu erro e, possivelmente, em sua ingenuidade, alguns maçons ir a extremos como o desprezo, e adotando uma atitude que poderia chamado de "maçônico-macho" considerar o assunto da Maçonaria e as mulheres como uma questão que não é digno de ser levado por uma profunda reflexão e discussão.
Apresentado na imagem grande, e o desejo de tirar de lado o véu da ignorância e do medo injustificado, surge a pergunta:
Quando e como a Maçonaria feminina emerge e que tem sido a sua evolução ao longo do tempo?
Quais foram os primeiros maçons peruanos e que a contribuição para a nossa independência social?
Qual é a sua situação atual e qual a sua posição em termos de legitimidade?
Quais são as suas perspectivas futuras? 


sexta-feira, 6 de julho de 2012

PADRINHO MAÇÔNICO

Notoriamente é salutar a presença de um Irmão junto ao Iniciado, neste ponto precisamos compreender o que realmente seja um “Protetor”, um “Guia”, um “Padrinho”.
Para facilitar a exposição do meu ponto de vista, vou fazer uma analogia com os “Padrinhos Profanos”. O primeiro padrinho que temos é o “Padrinho de Batismo” que foi escolhido por aqueles que nos formaram biologicamente e que tem a função de nos encaminhar na formação espiritual.
Em primeiro grau é assim também na Maçonaria, pois entramos completamente ignorantes nos Templos (no sentido de não ter o conhecimento específico) e fragilizados pela pouca “idade”.
Em ambos os casos, o Padrinho é o que nos sustenta, nos encaminha à fonte de Luz e delicadamente vai saciando nossa necessidade do “novo”, direcionando os caminhos que nos levarão a encontrar respostas.
O segundo Padrinho é o de crisma, que conceitualmente é aquele que acompanha o jovem cristão por mais conhecimento e pela mudança de comportamento junto ao grupo, pois agora cabe a ele praticar mais intensamente e ardorosamente os ensinamentos aprendidos.
Como deve ser então o “Padrinho de um C.·.M.·.”? Deve ele trabalhar em seu afilhado as características que o levarão brevemente a exercer cargos e ser um novo Irmão Servidor da Oficina; já passou da hora de carregar pedras nas costas e o momento de saber compartilhar blocos.
O padrinho deve se concentrar nas lições de honra, moral e ética, pois se existirem arestas que não se quebrem, NÃO TEMAM EM JOGAR A PEDRA NOS ENTULHOS, pois o próximo passo sería encaixar esta pedra defeituosa no “edifício da Loja” e uma pedra mal formada põe abaixo qualquer obra.
O terceiro padrinho no mundo comum é o “Padrinho de Casamento” que está testemunhando a formação de uma nova família, uma nova célula da sociedade, teoricamente nesse caso; cabe a ele orientar nos momentos de aflição e dúvidas e lembrar ao casal dos compromissos firmados perante Deus e a sociedade, recordar que todos devemos morrer para o passado, para renascermos como grupo (casal).
Na Exaltação não há a entrega do nosso Mestre à Loja, há sim a união de mais um Irmão ao Círculo dos Protetores e a mudança de avental não dá a real qualificação do mestrado, será sempre preciso um acompanhamento, um tutor em suma um “Padrinho”.
Este título é apenas sentimental e não institucional; infelizmente nossa realidade nos mostra que temos “Padrinhos” e “Indicadores” e não sejamos hipócritas em simplesmente tecer comentários pejorativos àqueles que indicam candidatos e não os acompanham durante sua caminhada.
Não nós esqueçamos que o mundo profano tem tolhido nossa maior participação nas atividades maçônicas e que cada Irmão tem suas limitações quanto ao próprio conhecimento da Ordem. Pelo menos o “Irmão Indicador” está contribuindo para a sustentabilidade da Loja (sem Aprendizes as Lojas abatem Colunas) e na impossibilidade de cumprir com a missão de Padrinho, ele deve solicitar que outro irmão mais qualificado assuma o apadrinhamento, o que jamais pode acontecer é simplesmente abandonar o neófito.
A figura do padrinho não é universal em nossa Sublime Ordem, em alguns Orientes além mar, a Potência promove uma palestra publica contando da história a Maçonaria, seus conceitos, diretrizes, elucida dúvidas e ao final distribui um formulário para aqueles que estão interessados em ingressar e aí entra o personagem mais importante desse processo, o SINDICANTE.
Dedico este artigo ao querido Irmão Tacides Severino Gomes da Poderosa LM Obreiros da Justiça e Paz 186 – GLMMG que é um batalhador pela conscientização dos “Padrinhos Maçônicos”. A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, fazer uma Prancha de Arquitetura e quando ela estiver pronta, levar para sua Loja enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos. Lembrem-se que todos nós, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas. De acordo com o PROMAÇOM cujo programa visa à integração das Lojas Maçônicas, envio-lhes em anexo, o quadro com as atividades das Lojas que se reúnem na avenida Brasil 478 e, de algumas situadas fora do Palácio Maçônico.

MAÇONARIA - O DEVER DE UM PADRINHO MAÇOM



Normalmente observamos irmãos tecendo comentários e até criticando lojas que não conseguem crescer rapidamente. Chegam inclusive a perguntar se os irmãos componentes daquelas lojas não têm amigos.
Não é bem assim. Não é qualquer amigo que deve ser convidado para engrossar as colunas da Ordem.
Em verdade a Maçonaria não tem interesse apenas na quantidade de membros, mas, principalmente na qualidade dos componentes de seu quadro, porque somente com qualidade é que se perpetuarão seus propósitos e ensinamentos, que não devem ser conhecidos por não iniciados.
Outrossim, o Padrinho não deve esquecer de que seu afilhado no futuro pode vir a ser um Venerável Mestre e até Grão-Mestre. Por isso, tem que ser exigente na escolha e não convidar qualquer pessoa que conheceu e achou que tem perfil para ser maçom ou, porque a pessoa lhe prestou algum favor ou ainda, porque faz parte de uma casta social de médio a alto nível.
A perpetuação da Ordem Maçônica depende em muito do padrinho, pois, conforme for sua escolha ou indicação terá a Maçonaria, excelentes obreiros ou simplesmente maçons incapazes de desenvolver o trabalho a que ela se propõe, que é oferecer meios que facultem melhores dias para a humanidade ser feliz.
Os meios apresentados pela instituição maçônica para que possa a humanidade ser feliz, são de simplicidade ímpar, bastando que os maçons os exercite e os coloque em prática no mundo profano.
Na prática dos meios estabelecidos pela Ordem Maçônica, deve o maçom pregar.


1º - o amor como meio primordial de resolução de qualquer problema e união das pessoas;
2º - que através do aperfeiçoamento dos costumes é possível se viver em sociedade sem tumulto;
3º - que se exercitando a tolerância com paciência, se evita atritos entre as pessoas;
4º - que todos são seres humanos com idéias próprias e como tal, devem ser tratados com igualdade e respeito, inclusive se respeitando à autoridade e à crença de cada um, não se estabelecendo para isso, fronteiras ou raças, até porque todos são efetivamente iguais.

Daí uma grande responsabilidade do padrinho na indicação do candidato, porque deve ele ter perspicácia de saber se seu escolhido pode ou não, desenvolver as atividades maçônicas na forma como lhes forem ensinadas e exigidas.
Por essa e outras razões é que dizemos que o padrinho ou proponente, deve ser considerado tão importante quanto o próprio candidato a maçom, vez que, é o responsável direto pelo seu afilhado.
Perante a Assembléia da loja, o Padrinho garantiu através de documento assinado, que seu escolhido reúne todas as qualidades exigidas pela Ordem para que ele possa pertencer a seu quadro.
A responsabilidade que tem início na escolha do candidato deve continuar durante toda a vida maçônica dos dois (Proponente e Candidato), nunca o padrinho permitindo que seu afilhado se engendre em caminhos tortuosos, orientando-o sempre da melhor forma, para que o seu convidado possa vir a galgar graus, exclusivamente por merecimento.
Padrinho significa protetor, patrono, enquanto que afilhado tem o significado de protegido, patrocinado.
Já a palavra candidato tem como raiz o significado ?Cândido? Ou seja; que tem alma cândida, caracterizado pela candura. Em sentido figurado: ingênuo, inocente, puro. Assim, um candidato deve, efetivamente, reunir as qualidades que lhe dá dignidade para juntar-se aos membros da instituição maçônica como base da filosofia milenar, sempre oportuna e atual.
Ao padrinho Maçom compete conhecer muito bem o candidato, bem como, necessário se faz conhecer a família do mesmo. Quando algum profano se inicia na Ordem Maçônica, também tem ingresso sua esposa e seus filhos e demais familiares, razão pela qual, é de suma importância à participação efetiva de todos os membros da família, para a realização dos mais diversos atos, tais como solenidades festivas, Ordem DeMolay, Filhas de Jó, movimentos caritativos etc. e etc..
Logo, é necessário que o padrinho tenha muita cautela na escolha do afilhado, devendo para isso, conhecer seu relacionamento familiar, seu procedimento junto aos colegas de trabalho, sua situação econômica, sua disponibilidade financeira, sua disponibilidade de tempo para acompanhar os interesses da Ordem, seu grau de cultura, sua desenvoltura no manejo das palavras e principalmente, seu grau de percepção no entendimento dos assuntos a ele expostos.
Um profano só deve ser convidado a ingressar na Maçonaria, quando ele demonstre sem sombra de dúvidas, interesse para isso e quando sua esposa, se casado for, não apresente qualquer sintoma de má vontade.
O padrinho, ao apresentar o nome de seu candidato através de Pré-Proposta para que a Assembléia decida se deve ou não ser liberada a Proposta Definitiva, quando aprovada, está ele investido de uma autoridade delegada por irmãos que confiam piamente nele, entendendo que esse padrinho traga ao seio da Maçonaria, um futuro irmão, que preserve os costumes da Ordem. Contudo, a responsabilidade do padrinho não para por aí, porque dele depende o comportamento do seu afilhado, tendo o padrinho como exemplo, cujo padrinho também é responsável pela manutenção destes costumes.
O padrinho deve aparecer para o seu afilhado como sendo o Mestre dos Mestres, deve ser como um ?Pai?, um grande amigo, um confidente conselheiro procurando iluminá-lo, de forma que seus passos na conquista dos graus sejam alcançados exclusivamente por mérito. Logo, ao Padrinho compete dar bom exemplo para seu afilhado inclusive, cumprindo rigorosamente com suas obrigações pecuniárias junto a Ordem.
É bom lembrar que o padrinho tem o dever de procurar seu afilhado, quando este se encontre inadimplente com a Loja ou Grande Loja, pois, quando o padrinho apresentou o nome do seu proposto, afirmou categoricamente mediante documento assinado, está em condições de responder pela idoneidade moral e financeira do candidato. Em outras palavras, o padrinho quando apresenta a Assembléia o nome de um candidato, verifica-se que quase ninguém conhece o apresentado. Ocorre que os membros da Assembléia simplesmente acreditam nas afirmativas do irmão e aprovam o envio da Proposta Definitiva. Todavia, quando se formaliza o processo com sindicâncias e documentos comprobatórios da idoneidade do candidato, é de bom alvitre que o Venerável Mestre oriente aos sindicantes no sentido de que sejam exigentes, não apenas confiando nas informações do proponente, porque, mesmo sendo o proponente um maçom, não deixa de ser um ser humano passível de erros.
Infelizmente acontecem casos em que o Padrinho depois da iniciação do afilhado, se afasta da Ordem como se dissesse: vou deixá-lo no meu lugar. Outras vezes se observa o afilhado cobrando do padrinho as responsabilidades que este não vem cumprindo. Em verdade, conforme já dito, o padrinho deve ser o espelho do seu convidado.
Deve ser estabelecido como princípio maçônico, que o nome de um candidato não surge apenas de uma vontade profana, mas de uma "predestinação divina?. Resumindo: é o G.·. A.·. D.·. U.·. que passa às mãos de um maçom que recebe o título de apresentador ou padrinho, aquele que de fato e de direito, merece ser iniciado nos Augustos Mistérios da sublime Ordem Real.
Quando um irmão recebe a incumbência determinada pelo G.·. A.·. D.·.U.·. de propor um candidato, deve se conscientizar dos encargos que advêm com aquela apresentação. Por isso, não deve fazer a escolha motivado pela emoção, mas tão somente, por força da razão.
O Padrinho tem o dever inclusive, de no dia da iniciação, conduzir seu afilhado até o local onde será iniciado.
Chegando ao prédio onde funciona a Loja, na sala dos PP.·. PP.·. o candidato é vend.´. por seu padrinho para que fique privado da vi.´..
Privado, o candidato passa a enxergar com os olhos do espírito, tendo início verdadeiro processo esotérico que produzirá efeitos misteriosos, cujos efeitos, irão criando pouco a pouco algumas imagens e alegorias na mente do iniciando dali em diante.
Uma vez vend.´. o candidato é entregue ao Exp.·. que colocando a mão sobre seu ombro diz: - Sou o vosso guia. Tende confiança em mim e nada receeis.
Depois de iniciado, ao padrinho compete dotar o neófito das condições básicas para que ele possa se desenvolver com satisfação e entusiasmo.
Deve o Padrinho, ainda no dia da iniciação, orientar o iniciado no sentido de que não deve comentar com ninguém o que se passou, até porque ele prestou um juramento nesse sentido. Deve ainda o proponente, orientar o afilhado na parte ritualística, ensinando-o a entrar em loja quando chegar atrasado, explicando a circulação em loja no sentido dextrocêntrico, de forma que o lado direito esteja sempre voltado para o Altar dos Juramentos. Deve orientá-lo em quais momentos se faz o sinal, deve inclusive, treiná-lo no trolhamento e incentivá-lo a leitura de livros pertinentes ao Grau de Aprendiz Maçom.
Com esses ensinamentos básicos, de certo, as qualidades do neófito serão adequadamente desenvolvidas, passando a compreender o universo que representa a instituição maçônica.
Deve também o padrinho capacitar seu afilhado no uso da sabedoria, ensinando-o a exercitar a paciência e ficar observando de forma contínua todos os procedimentos, sejam ritualísticos ou não. Se o afilhado realmente for pessoa merecedora e tiver alcançado seu objetivo com a iniciação que o transformou em maçom, será capaz de absorver com clareza qualquer informação que lhe chegar.
Ainda compete ao padrinho, fortalecer o entusiasmo e o dinamismo do seu afilhado, levando-o ao deslumbramento da iniciação, explicando de forma inteligível todo o processo iniciático, inclusive, mostrando que o simbolismo da iniciação está exatamente na morte do homem profano para que nasça o maçom. Com isso, deve o padrinho exaltar toda a magnitude da Maçonaria como Instituição, como elemento agregador e fortalecedor de nossos pensamentos, deixando o afilhado apto e vigoroso para enfrentar e ultrapassar todos os obstáculos, os quais, na sua maioria, são trazidos por falsos maçons imbuídos de vaidades e com imposição de idéias desagregadoras.
Quando por ventura ocorrer tais imposições capazes de desagregar provocando a desarmonia na loja, deve aflorar na mente do afilhado a figura do padrinho maçom que sempre deu bons exemplos de dedicação à Sublime Ordem.
Na maioria das vezes, o padrinho só é lembrado no momento da indicação de um profano. No entanto, o padrinho deve se fazer presente e nunca ser esquecido, porque ele desempenha papel fundamental na formação filosófica do afilhado que pretende alcançar os mais elevados graus dentro da Instituição.
QUE O GADU  AJUDE-NOS A CUMPRIR ESSA SUBLIME MISSÃO!